Paulo Marinho, Gerente Comercial da empresa, acredita que setor pode avançar no dia a dia do carioca
Quem viu de muito perto como foi o impacto da Covid-19 no setor de food service foram as empresas que fornecem insumos para bares, restaurantes, padarias, entre outros. É o caso da Rio Quality, que há 33 anos faz essa ponte entre a indústria alimentícia e o varejo no Rio de Janeiro.
O Gestor Comercial da Rio Quality, Paulo Marinho, foi um dos entrevistados desse segmento de atividades para a edição dupla especial sobre food service do podcast BóraVoar, do palestrante de vendas mais contratado do Brasil, Diego Maia. Na conversa Marinho analisou a situação, explicou como a empresa buscou auxiliar seus clientes e fez projeções para o futuro. Confira.
“A gente sabe que o food service em países mais maduros como no continente europeu e os Estados Unidos, já chegam a taxas aí de 50% do gasto das famílias. No Rio de Janeiro ainda navega em taxas de 35%, 40%.” Paulo Marinho
Diego Maia - Qual análise você faz sobre o impacto do Covid-19, o impacto da crise no negócio de vocês?
Paulo Marinho - Assim como em todos os players desse mercado de food service, realmente o Covid impactou significativamente nossas operações. O impacto direto no faturamento, no primeiro mês da pandemia chegando a fazer nosso faturamento cair mais do que 50%. No nosso fluxo de vendas, no número de pedidos, de clientes atendidos. Mas após o primeiro mês a gente conseguiu construir estratégias para gradativamente recuperar nossas vendas, recuperar nosso faturamento, principalmente cuidando das pessoas dentro da nossa organização, cuidando dos nossos clientes. Tentando dar todo o suporte em termos de facilidades de pagamento, otimizando as entregas, reduzindo o valor de pedido mínimo, engajando nossa equipe, tanto vendedores, entregadores, todo o departamento de back office que está na retaguarda para poder fazer a jornada do cliente acontecer e proporcionar a melhor experiência possível. E essa foi a forma como a gente conseguiu reagir a esse grande impacto que aqui para a gente nós já falamos que faz parte do passado.
Diego Maia - Eu tenho perguntado para os meus convidados, Paulo, o que eles têm feito pra ajudar de maneira mais palpável, de maneira mais didática a sobrevivência do setor de food service. Lá na Rio Quality, quais foram os esforços de vocês, o que vocês têm feito para ajudar os clientes?
Paulo Marinho - Além das últimas ações que citei anteriormente, como facilidades de pagamento, a redução do pedido mínimo, entregas emergenciais, minimizando a necessidade dos nossos clientes fazerem estoques, já que nenhum dos nossos clientes poderia ter o entendimento de como seria sua performance naquele momento de lockdown, onde a operação dos restaurantes estava restrita ao delivery e take away, eu destaco a iniciativa da gente conseguir colocar no ar o nosso e-commerce. Facilitou nesse distanciamento do vendedor com o cliente, para que o nosso cliente pudesse fazer seu autoatendimento a qualquer momento, a qualquer hora. Destaco a nossa disponibilidade de negociações das dívidas de forma parcelada em até seis vezes, podendo ser paga em cartão de crédito sem as taxas de juros. Assumimos aqui para o nosso custo as taxas de tarifas de cartão e juros.
Diego Maia - E como isso impactou para os clientes?
Paulo Marinho - Isso tudo eu acho que deu um grande fôlego para o nosso cliente. Sem falar na nossa gigantesca iniciativa na parte de comunicação, o tempo todo estando próximos do mercado através das nossas redes sociais informando sobre as notícias que tínhamos sobre o mercado, como outros países estavam superando aquela crise, acreditando que a qualquer momento esse momento de superação também chegaria ao Rio de Janeiro. E isso foi sem sombra de dúvidas uma parte importante dessas ações para estar próximo do nosso cliente, não deixar ele perdido e afogado em pessimismo.
“A gente acredita que com a volta do emprego, aumentando a taxa de emprego no país e no Rio de Janeiro especificamente a gente aumenta o consumo.” Paulo Marinho
Diego Maia - Quais são as expectativas de vocês para o mercado de food service?
Paulo Marinho - As nossas expectativas com o mercado de alimentação são as melhores possíveis. Honestamente, a Rio Quality ela já no ano de 2021 se depara com o gigantesco crescimento ano após ano. Mesmo desconsiderando ali o momento de Covid. Claro que a gente vai comparar faturamento com o faturamento vai ter um crescimento grande durante este ano comparado ao ano passado, mas ainda assim a gente bate recorde de vendas se comparado com todo o histórico da Rio Quality. E isso considerando que a gente ainda tem um cenário de pandemia, os volumes de compra dos nossos clientes não estão normais, a gente acredita que com a volta do emprego, aumentando a taxa de emprego no país e no Rio de Janeiro especificamente a gente aumenta o consumo. E aí a gente tem uma retomada de volumes, o que pode ser muito significativo para o nosso negócio especificamente.
Diego Maia - Que outras expectativas você tem para o setor?
Paulo Marinho - A gente sabe que o food service, em países mais maduros como no continente europeu e os Estados Unidos, já chegam a taxas aí de 50% do gasto das famílias está em alimentação fora do lar. E quando se fala de gastos com alimentação, o Rio de Janeiro ainda navega em taxas de 35%, 40%. E a gente acredita que esse esse fortalecimento, esse amadurecimento é um comportamento natural das grandes cidades. Então as expectativas são as melhores possíveis, a gente vê a indústria cada vez mais olhando para o food service como um canal interessante para os seus negócios. Isso sem sombra de dúvidas faz ainda mais a gente apostar em estrutura para o nosso negócio para poder desfrutar esse crescimento que o food service terá no mercado.
Você pode conferir mais entrevistas exclusivas no Portal CDPV e ouvi-las no podcast BóraVoar no seu navegador ou na sua plataforma de streaming preferida, como o Spotify, por exemplo.
Sobre o Diego Maia
Diego Maia é o palestrante de vendas mais contratado do Brasil. Com 6 livros publicados, atua no mercado de palestras e treinamentos de vendas desde 2003. Apresenta o BóraVoar, programa que está no ar em diversas emissoras de rádio como Antena 1 (103,7 FM Rio de Janeiro) e Mais Brasil News (101,7 FM Brasília). O programa também é publicado diariamente em todos os aplicativos de podcasts.
Diego Maia é CEO do CDPV (Centro de Desenvolvimento do Profissional de Vendas), escola de vendas pioneira no Brasil, especializada em treinamentos de vendas presenciais e online.
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